Tratamentos

          Como foi explicado anteriormente, uma das provas de que um indivíduo é psicopata passa pela verificação de que as áreas do cérebro concernentes ao córtex fronto-polar e às áreas pré-frontais apresentam anomalias, quando comparadas com os cérebros de pessoas “normais”. O aparelho que nos permite desvendar esse facto arrepiante dá pelo nome de PEC (positron emission tomography), uma máquina que, através de radiações, mostra imagens das áreas do cérebro a serem avaliadas. A partir daqui o indivíduo com anomalias poderá ser devidamente acompanhado. No entanto, os tratamentos para este tipo de transtorno são dúbios e assaz falíveis.

          A psicopatia na fase adulta não tem cura. No entanto, se o problema for detectado numa fase precoce da vida, leia-se a infância ou a adolescência, poderão existir melhoras significativas. Mas, mesmo com esta possibilidade, é difícil distinguir a criança mal-educada da criança com distúrbios.
          O tratamento da criança passa por tentar mudar o seu comportamento para que esta tenha a noção do que está mal. Quanto mais velha for a criança mais difícil será o tratamento. Na adolescência, as probabilidades descem drasticamente. O tratamento consiste não só numa terapia correctiva à base do contacto social, mas também à base de tranquilizantes para reduzir a agressividade e a extroversão instável da criança.
          No caso do psicopata adulto existem tratamentos convencionais. Contudo, não se obtém grandes resultados, sendo que, nalguns casos, este tipo de tratamento ajuda o psicopata a tornar-se mais manipulador e mentiroso.
          Como diz Ilana Casoy, especialista em serial killers: “Há dois tipos de cura para um psicopata: prisão ou morte.” Parece que até agora esta afirmação é a mais acertada, apesar de não se saber o que o futuro pode desvendar em relação ao nosso cérebro, porquanto que ainda não conhecemos todos os segredos da estrutura cerebral.
          Um dos tratamentos mais recorrentes, bastante utilizado por psicólogos e psiquiatras, consiste em expor os indivíduos psicopatas a relatos de vítimas e à leitura e visionamento de livros e filmes que tenham como pano de fundo o sofrimento incutido em vítimas deste tipo de crimes. Como se comprova, estes tratamentos giram à volta de sentimentos, na tentativa de estimular as zonas do cérebro do psicopata que encontram dificuldades em lidar com os sentimentos e a moral.