Henry Lee Lucas e Ottis Toole

Data de nascimento/morte: 1947/1996

Origem: EUA

Profissão: Sem profissão específica

Problemas de Infância: Lucas nasceu em Virginia, filho de mãe prostituta e filho mais novo de 9 crianças. O seu pai era um trabalhador de caminhos-de-ferro, até perder a perna num acidente. Ele e os seus irmãos eram obrigados a ver a mãe a ter sexo com os seus clientes. A mãe batia aos filhos com regularidade, o que levou Lucas ao hospital em estado de coma.
          A mãe obrigava-o a vestir roupas de rapariga, ameaçando que lhe batia se este não o fizesse. Uma vez, Lucas recebeu um urso de peluche de uma das suas professoras; a mãe, que não gostava de caridade bateu-lhe. Conta-se também que um dos seus tios ofereceu a Lucas uma mula que, para tristeza do último, foi morta a tiro pela mãe.
          Aos 10 anos, numa brincadeira com o irmão, cega uma vista. A mãe só o levou aos cuidados médicos passado quatro dias, devido ao facto de não ter concedido importância ao problema. Isto levou o olho do vulto em questão a desenvolver uma infecção e teve que ser removido. Desde então, Lucas usou um olho de vidro.
          Mais tarde, o seu pai morre de hipotermia, depois de se perder na neve devido à bebida. Lucas foge de casa e é nessa fuga que começa a prática da zoofilia enquanto roubava quintas no seu Estado.
          O seu primeiro crime foi cometido na adolescência, tendo morto uma rapariga quando esta lutava para não ser violada por ele.
          Já depois de ter frequentado a prisão por 6 anos devido aos roubos que cometia, discutiu com a sua mãe, pois esta não gostava da sua nova noiva. Isto terá levado ao homicídio da sua mãe em 1960. Por este acto foi condenado entre 20 e 40 anos de prisão, mas saiu apenas depois de 10 anos de prisão cumpridos, em 1970.

          Ottis Toole: Nasceu na Florida. Foi abandonado pelo seu pai, com 7 anos. A mãe de Toole era fanática religiosa e abusava do seu filho, inclusive obrigava-o a vestir-se com roupas de rapariga (tal como acontecia com Henry Lucas). Sofria de incesto por parte de familiares, o que alterou para sempre o seu perfil psicológico. A sua avó materna era satânica e expôs Toole a diversas práticas de culto ao Diabo, incluindo auto-mutilação e assalto a túmulos, apelidando Toole de “criança do Diabo”.
          O QI de Toole foi analisado e mostrou-se a um valor muito baixo em relação à média, sendo este de 75. Sofria de um claro atraso mental, sendo que apresentava problemas de aprendizagem como dislexia e hiperactividade.
          Aos 10 anos descobriu que era gay, o que o levou mais tarde a frequentar bares gays e à prostituição.

Número de vítimas: 600 confessadas em conjunto

Razões/Modos de actuar: Os dois serial killers conheceram-se entre 1976 e 1978 e começaram a sua chacina conjunta. Partilhavam o mesmo gosto pela necrofilia. Acabaram por ser apanhados, mas o destino dos dois é bem distinto.

Julgamento: Henry Lee Lucas é chantageado pela polícia e acaba por ser acusado de homicídios, dizendo mais tarde que foi ele que os cometeu, ao afirmar que teria confessado apenas para que os polícias lhe dessem condições de vida. Acaba por ganhar estatuto dentro da prisão andando com a polícia de Estado em Estado, ajudando a explicar os seus crimes e também os de outros, uma vez que até crimes que não eram dele eram devidamente assumidos por este. Conta-se que a polícia por vezes inventava crimes de maneira a ver Lucas assumi-los. Acaba por morrer na prisão.
          Ottis Toole acaba por ser condenado juntamente com Lucas, mas nunca é mencionado nas confissões do último. Não colabora com a polícia com tanta dedicação como Lucas, mas acaba por ter a mesma sentença. Ainda existem casos não resolvidos que envolvem Toole, mas nunca foram provados.

Curiosidades: Uma famosa frase de Lucas: “Matar alguém é como caminhar pela rua. Se eu quisesse uma vítima, eu ia lá e tinha uma."