Harold Shipman (Doutor Morte)

Data de Nascimento/Morte: 1946/2004

Origem: Nottingham, Inglaterra

Profissão: Médico

Problemas de infância/adolescência: Nascido como filho do meio de uma família de classe operária na Inglaterra, Harold sempre foi o filho preferido da sua mãe extremamente autoritária. Este autoritarismo incutiu em Harold uma incapacidade de estabelecer relações no futuro, acabando por ter uma adolescência solitária e isolada dos outros colegas.
          Harold cuidou da sua mãe quando esta atravessava a fase terminal de um cancro no pulmão e foi nesta altura que a medicina despertou o interesse do jovem. Ele ficou fascinado com efeito positivo que a morfina tinha no alívio do sofrimento da sua mãe. Quando a sua mãe morre, Harold fica extremamente arrasado e decide após isso tirar um curso de medicina na Faculdade de Medicina de Leeds. Harold torna-se médico após terminar o seu curso.

Número de mortes: Acusado de 15, Suspeito de 220

Razões/Modo de actuar: As razões dos crimes cometidos por Shipman sempre permaneceram em desconhecidas. Harold utilizava o estatuto de médico de família respeitável para cometer os seus crimes sem suspeitas. Ele assassinava os seus pacientes quando estes se encontravam na fase terminal da sua vida ou quando estes lhe pareciam inoportunos. Estes terríveis actos valeram-lhe, após a sua detenção, o estatuto de Doutor Morte.

Julgamento: O agente funerário da região em que Harold trabalhava começou a aperceber-se que os pacientes do Dr. Shipman morriam com muito mais frequência que os dos outros médicos. Para além disso, apresentavam-se todos de forma semelhante após a sua morte: na sua maioria, estavam completamente vestidos e sentados ou reclinados num sofá. Com o passar do tempo também uma médica das médicas do hospital pareceu se aperceber desta situação e relatou o caso à polícia local. No entanto a investigação feita em segredo pela polícia acabou por levar a provas inconclusivas. Na verdade, o seu ciclo de mortes só chegou ao fim graças à determinação de Angela Woodruff, a filha de uma das suas vítimas, que se recusou a aceitar as explicações dadas sobre a morte da sua mãe. Após uma longa investigação, a polícia conseguiu levar Harold a tribunal para ser julgado pelo assassínio de pelo menos 15 pessoas. Harold acabou por ser declarado culpado e foi condenado a prisão perpétua. No dia 13 de Janeiro de 2004, Shipman foi encontrado enforcado na sua própria cela. O médico nunca se mostrou arrependido pelos seus actos ao longo da sua vida.

Curiosidades: O agente funerário Alan Massey confrontou uma vez Shipman acerca do elevado número de pacientes mortos, mas depois esqueceu-se do assunto.