Andrei Chikatilo

Data de Nascimento/ Morte: 1936/1994

Origem: Yablochnoye, URSS (Actual Ucrânia)

Profissão: Professor

Problemas de infância: A sua família atravessou uma fase complicada com a colectivização dos campos de cereais na Rússia, em 1930. Esta situação fez com que a família de Andrei atravessasse épocas de pobreza e fome. Durante a Segunda Guerra Mundial , o seu pai (soldado russo) foi feito prisioneiro, fazendo com que a mãe de Andrei o tivesse de criar a ele e aos seus irmãos sozinha. Chikatilo ficou extremamente afectado pelo sequestro e morte do seu irmão mais velho Stephan, no entanto nunca foi encontrado nada que comprovasse a existência de algum Stephan Chikatilo. De acordo com o relato de sua mãe, ele tinha sido raptado e canibalizado pelos seus vizinhos. Durante a sua adolescência, Andrei sofreu muito com a disfunção sexual que o tornou temporariamente impotente. De acordo com entrevistas futuras ele afirmou que sempre tinha acreditado que havia sido cegado e castrado ao nascimento, este pensamento levou-o a ter comportamentos mórbidos de violência e vingança.

Número de vítimas: 53 mulheres e crianças (confessadas)

Razões/modo de actuar: Enquanto dava aulas numa escola para rapazes situada em Rostov do don, Chikatilo tinha o hábito de molestar jovens. Andrei costumava andar com uma faca, pois tinha receio dos jovens do colégio que tinham o hábito de pôr em causa a sua sexualidade por meio de insultos obscenos.
          Durante anos Andrei Chikatilo molestou, matou e canibalizou dezenas de vítimas, sendo na sua maioria crianças que ele encontrava nas paragens de camioneta e nas estações de comboio.

Julgamento: No início da onda de crimes, a polícia decidiu investigar o caso. Após a detenção de Chikatilo, eles acabariam por descobrir que o sémen e o sangue encontrados nas vítimas eram incompatíveis (situação rara, mas possível de ocorrer). Sendo libertado Andrei começou a agir com mais despreocupação.          
          A sua detenção só foi possível graças à determinação de dois investigadores, envolvidos na sua primeira detenção, que lembraram-se do seu nome depois de ele ter sido visto a sair de um bosque perto de uma estação de comboios, algo compatível com os locais onde as vítimas eram escolhidas e depois abandonadas. Durante o seu julgamento, Andrei afirmou que era “um aborto da natureza, uma besta louca e que apenas lhe restava a pena de morte, o que seria até pouco para ele”. O seu pedido acabou por ser atendido, quando este foi fuzilado numa prisão pelo pelotão de fuzilamento em 1994.

Curiosidades: Antes de morrer, Chikatilo chocou o povo russo com as descrições sangrentas dos seus crimes e de como fervia e arrancava os testículos e mamilos das suas vítimas. Andrei ficou também conhecido como O Estripador Vermelho e Talhante de Rostov.